Alcobaça
O Município de Alcobaça tem origem em uma vila criada em 12 de novembro de 1772 pelo Ouvidor José Xavier Machado Monteiro no local denominado Arraial de Itanhém, situado às margens do Rio Itanhém, ao sul da Capitania de Porto Seguro. Atual Microrregião Extremo Sul da Bahia fazendo parte da região conhecida como Costa das Baleias.
Alcobaça foi fundada "através de Carta Régia de 1755". A chamada Carta Régia que teria dado origem a Alcobaça é, na verdade, um dos documentos mais importantes da História do Brasil no Século XVIII. Trata-se de documento de 3 de março de 1755, no qual El-Rey D. José I de Portugal manda criar a Capitania de São José do Rio Negro e dá instruções sobre a fundação de vilas na Colônia. Esta Carta Régia encontra-se reproduzida nos "Autos de Criação e Ereção da Nova Vila de Alcobaça, na Capitania de Porto Seguro", documento de 12 de novembro de 1772 que é o verdadeiro ponto de partida da história de Alcobaça.
O nome da cidade deriva de Alcobaça (Portugal), cidade situada no Distrito de Leiria. Diz uma lenda, porém não comprovada, que os primeiros moradores da Alcobaça vieram da Alcobaça portuguesa.
São Bernardo foi escolhido como padroeiro da vila e por este motivo existem documentos do século XIX, onde Alcobaça é citada como "Vila de São Bernardo de Alcobaça".
Igreja Matriz de São Bernardo
Um dos cartões postais de Alcobaça, a Igreja Matriz de São Bernardo está situada na cabeceira da Praça Padre José Porphirio, em cujo centro foi colocada há cerca de 30 anos uma estátua de Cristo. A igreja domina a paisagem da cidade, devido a suas grandes proporções. Do alto de suas torres tem-se ampla visão da cidade.
A Igreja Matriz de São Bernardo originalmente era situada próxima ao rio Itanhém e permaneceu bastante modesta durante todo o seu primeiro século de existência. Nos anos 1860, o padre José Porphirio da Silva, que foi vigário de Alcobaça a partir de 29 de outubro de 1868, empreendeu esforços para a construção de uma nova igreja matriz, cujo prédio é a existente hoje. Infelizmente, o padre faleceu em 21 de janeiro de 1873, com a idade jovem de 32 anos, sendo que a construção da igreja somente foi concluída depois de 1887 (quinze anos depois de sua morte).
Houve várias reformas na igreja. Uma delas ocorreu no ano de 1931. Em 1958, o telhado cerâmico original foi substituído por amianto e o púlpito foi eliminado. Nadécada de 1970 houve reformas substanciais, entre elas a substituição da estrutura do altar-mor, originalmente de madeira, por alvenaria. Nos anos 1990 ocorreram reformas menores, principalmente na fachada.
Casa de Izidro Nascimento
O sobrado conhecido como sobrado Izidro Nascimento, situado na Rua Pedro Muniz 206, possui um belo conjunto arquitetônico, consolidando a área como o centro histórico de Alcobaça.
No alto da fachada principal lê-se a inscrição 1892, que indica provavelmente o ano de construção. O proprietário original do imóvel foi o major Izidro Pedro do Nascimento (1846-1923). Após sua morte, o imóvel passou aos herdeiros, e em seguida a João Macedo e Geraldo Horte, que o doaram ao bispado. Hoje, o sobrado cumpre a função de casa paroquial e residência de religiosos.
O sobrado distribui-se em dois pavimentos, além do sótão, que ocupa o desvão do telhado de duas águas. Uma escada lateral externa conduz ao pavimento nobre (primeiro andar). O interior foi bastante modificado no decorrer das décadas, adequando-se às novas funções.
Sobrado da família Medeiros
Este sobrado, também conhecido como casa de Ismael Medeiros, foi uma imponente casa assobrada, situada na rua Pedro Muniz 190, construída por João José de Medeiros (1810-1878), que a deixou por heranaça a seu filho Ismael Teixeira de Medeiros (1848-1909). Após o falecimento deste, o imóvel passou para a propriedade da viúva, Rita da Costa Medeiros (1855-1942) e aos filhos do casal. Em seguida, a casa foi adquirida por dr. José Nunes da Silva, que a vendeu a Alaor Lins, a cuja família pertence ainda hoje.
O edifício possui planta regular, telhado de duas águas, sótão iluminado e porão alto. Com essas características, apresentava a comodidade de uma casa térrea e que ao mesmo tempo cumpria a função de sobrado burguês. O porão alto servia parcialmente, segundo membros da família proprietária, para alojar escravos e criados.
Cacimba do Concelho
A Cacimba do Concelho, situada sobre a calçada de uma larga avenida no trecho entre as ruas Joaquim Muniz e Pedro Muniz (desembocando na Praça Padre José Porphirio) é uma histórica fonte de água da cidade.
A cacimba provavelmente tem origem em uma fonte da segunda metade do século XVIII, que teria salvado a população de uma estiagem naquela época. Mas a construção que a envolve é provavelmente, devido a suas características tipológicas, oriunda do final do século XIX.
A cacimba originalmente se abria para a antiga Praça do Concelho (daí o nome "Cacimba do Concelho" - concelho, com "c" é a designação tradicional paramunicípio, usada no Brasil antes da adoção do sistema de prefeituras e amplamente usada ainda hoje em Portugal). A Praça do Concelho foi destruída quando foi aberta a avenida.
A construção que envolve a cacimba tem planta octogonal, recoberta por cúpula apontada. Em cima, no centro, situa-se uma estatueta que alguns habitantes locais chamam de "santinha" mas que na verdade represnta a estação do inverno. As paredes são revestidas de azulejos, decorados com motivos geométricos. Quatro arcos ogivais dão acesso ao poço.
O poço foi fechado por volta de 1973, por influência de Irmã Rafaela, da Ordem de São José. O motivo era que a cidade já tinha abastecimento de água, e a água do poço não atendia mais as normas sanitárias. Pouco mais tarde, por volta de 1980, o monumento teve os seus quatro vãos de acesso vedados por grades de ferro, por iniciativa de Kalid Helal, então proprietário da casa próxima que também mandou cimentar o piso do monumento.
Colônia de Pescadores
A colônia de pescadores é a instituição que congrega os trabalhadores do ramo não apenas para finalidades de sindicato, mas também para ajudar a preparar eventos culturais, como a festa de São Sebastião.
A casa atua também como fornecedora de benefícios para as pessoas relacionadas à atividade da pesca que se inscreveram no local, tal como planos de saúde e previdência.
Praça da Caixa d`Água
A Praça da Caixa d`Água é uma das praças centrais da cidade. Tem esse nome por conta da enorme caixa d`água situada ao centro da praça, construída para garantir a distribuição municipal da água potável.
O local abriga a maioria dos festivais que ocorrem na cidade durante a noite, incluindo festas e apresentações públicas. Durante o verão e o carnaval é montado um palco de ferro ou madeira, em cima do qual fazem shows vários grupos e bandas contratados pela prefeitura.
Também no local se situam casas de fliperama, lan-houses e supermercados, além das únicas agências bancárias na cidade (do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal).
Porto de Alcobaça
Farol de Alcobaça
Avenida do Farol
Pôr-do-sol na Barra de Alcobaça